Ciclos se completando e a roda segue girando… curiosa, renovada, naturalmente em movimento.
Celebrando 10 anos de festival, resolvemos trocar de nome, afirmando com mais clareza e maturidade o que nos propomos e para quê viemos: Contact in Natura! Depois de todos esses anos, seguimos nos encontrando aqui, um lugar que generosamente nos oferece esse contato real com a natureza profunda, incluindo tudo: os seres humanos e não humanos que nela habitam, as diferentes paisagens, todos os elementos, o clima, as emoções… E é para esta experiência que te convidamos!
Contact in Natura vai nos conduzir em uma potente jornada das montanhas ao mar da Bahia, rumo ao encontro com a natureza do movimento, abrindo um espaço de verdadeira escuta do essencial. Um mergulho instigante nas interações humanas, em uma experiência preciosa no vale dos diamantes.
O festival é dividido em três etapas: Vale do Capão, Vale do Pati e Moreré.
Você pode se inscrever para participar de todas as etapas ou escolher apenas algumas delas.
Começaremos este ano fazendo o que tanto nos nutre a alma! Encontrando pessoas interessantes e interessadas em um mesmo foco: o movimento. Aulas, intensivos, espaço para laboratórios, práticas e jams, além de uma caminhada dançante para a cachoeira – o que não pode faltar em um lugar tão bonito como o povoado de Caeté-Açú, também conhecido como Vale do Capão, o menor vilarejo mais cosmopolita do mundo!
Estaremos desfrutando de toda a estrutura da super charmosa Pousada do Capão, com um salão maravilhoso com piso de madeira, aos pés do Rio Batista, com piscina natural, quadra poliesportiva, sauna, piscina quente, várias áreas de gramado em plena natureza e com uma vista mais que inspiradora. Aí compartilharemos aulas, intensivos, jams, laboratórios, trilhas de exploração sensorial e momentos de troca e convivência.
A jornada segue na segunda semana, rumo a um mergulho em uma natureza ainda mais selvagem , co-criando com a terra e seus relevos, suas águas, seus habitantes. Estando presente em cada passo, caminharemos desvendando nosso verdadeiro movimento autêntico in natura, sem artifícios.
Cachoeiras, platôs, mirantes e trilhas serão nosso espaço de movimento. Em uma conexão genuína com essa paisagem, vamos atravessar e ser atravessados pelo Parque Nacional da Chapada Diamantina, convivendo e contemplando a magia peculiar do Vale do Pati.
Para celebrar nosso aniversário de 10 anos, vamos nos alongar um pouquinho mais, com um delicioso pós-festival, para fechar essa edição com chave de ouro! Sairemos em caravana das montanhas para o mar, ancorando nas águas quentes de Moreré. Lá iremos mergulhar numa experiência transformadora, deixando-nos levar pelo movimento da natureza para nos relacionarmos com a nossa essência anfíbia, através de dança e terapêuticas aquáticas, além de outros movimentos líquidos.
Este encontro é concebido para descobrir e explorar os 7 Padrões Básicos de Movimento, através de dança aquática, contato improvisação, respiração, apnéia, além de sessões de trabalho aquático em duplas a partir de metodologias somáticas, honrando as raízes aquáticas do nosso movimento evolutivo.
Investigaremos essas práticas promovendo espaços seguros, do lúdico ao terapêutico, para explorar a profundidade interior dos nossos sistemas corporais em movimento e nos conectarmos com a quietude, a fluidez e o poder de cura do mundo aquático.
Hugh é um dançarino e educador de movimento especializado em Floorwork e Contato Improvisação. Começando seu treinamento em breakdance quando adolescente, ele passou a treinar na Northern School of Contemporary Dance, graduando-se em 2008. Desde então, ele trabalhou com companhias como 2Faced Dance, Tom Dale, STAN Won't Dance e Wim Vandekeybus/Ultima Vez. Ele desenvolveu sua prática de ensino gradualmente ao longo de sua carreira de performance, e atualmente a educação somática é seu foco principal. Ele ensina internacionalmente oferecendo seu trabalho em festivais de movimento e organizando seus próprios eventos. Atualmente, o que mais interessa a Hugh sobre ensinar e facilitar o movimento, é como criar e manter espaços para outras pessoas encontrarem uma conexão mais profunda consigo mesmas por meio da exploração lúdica. Seja improvisação, contato improvisação ou uma aula de dança coreografada, o foco e a intenção estão em encontrar a alegria e o poder de uma prática de movimento conectada à presença, consciência e respiração.
Veja a proposta:
Thomas é coach e educador somático, com foco em prazer, sensualidade e sexualidade. Ele se vê como um pesquisador em movimento perpétuo. Seu caminho o levou a viver vários anos na América Latina, a ensinar yoga, a aconselhar empreendedores sociais, a praticar meditação extensivamente, a viver em comunidades de permacultura, a mergulhar na prática da dança, a se apaixonar por práticas somáticas e pelo sistema nervoso… O Contato Improvisação mudou sua vida e continua mudando. Ele ama muito essa prática e essa comunidade. É um homem cisgênero, branco e heterossexual. Mais sobre seu trabalho em: www.thomasrocourt.com
Veja a proposta:
Andrea é pesquisadora do movimento e somática com formação em Naturopatia, Dança Contemporânea e Terapias Aquáticas. Agora focada em educação somática e embriologia, também gestiona festivais, imersões e formações em Contato Improvisação, experiências somáticas e aquáticas. Leciona também Contato Improvisação desde 2013, ano em que começou o Liquid Flow, hoje convertido em Contact and Flow, festival que agora coorganiza. Também co-organiza o Festival Tierra y Agua em Tepoztlan, México. Facilita formações de movimento na água, chamadas Somatl. Outras de suas paixões são a pintura, a gravura e a tatuagem manual.
Veja a proposta:
Karen é uma bailarina dedicada a investigar nos âmbitos do Movimento Somático, do Contato Improvisação e do Movimento Aquático Evolutivo. Licenciada em Dança pela UDLAP; Educadora e Terapeuta de Movimento Somático pela Escola Body Mind Movement® México/Brasil. Também é facilitadora certificada da técnica de Terapia Aquática Janzu. Desde 2011, organizou e participou de vários encontros de dança, improvisação e somática no México, Brasil, Colômbia, Alemanha, Argentina, Nova Zelândia e Estados Unidos. Karen é uma das co-criadoras e diretoras do Festival Encuerpar e atualmente é co-produtora do Festival de Contact and Flow no México. Seu trabalho se foca em descobrir estados de presença para sintonizar com as nuances da sensação, percepção e propriocepção, com um interesse em amplificar o potencial do entendimento anfíbio através da exploração dos padrões de movimento do desenvolvimento humano na terra e na água.
Veja a proposta:
Giulia é facilitadora de movimento somático, ritual ecossomático e incorporação feminina profunda. Estudou Medicina Tradicional Mexicana com a curandeira maya-tzotzil Sofía Hernández e participou de vários treinamentos, missões e iniciações com anciãos indígenas da América Central e do Sul. Nos últimos 3 anos, tem sediado retiros transformacionais e tem acompanhado pessoas em todo o mundo na jornada de iniciação da alma. Pesquisa e pratica improvisação de contato desde 2018 e, ao longo dos anos, seu interesse a levou a explorar BMC, Axis Syllabus, butoh e a viajar pelo mundo para estudar. Seu interesse e pesquisa atuais estão no campo da ecossomática, tecendo o Corpo Humano de volta em sua tapeçaria original, o Corpo da Terra.
Veja a proposta:
Julia é formada em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro / Brasil. Desenvolveu diversos trabalhos como performer, cineasta e produtora cultural. Desde 2001 pesquisa o Contato Improvisação e outras linhas de movimento com ênfase na improvisação, como Movimento Autêntico , View Points e Butoh. Desde 2009, tem oferecido aulas e laboratórios de CI no Brasil, Itália, Índia, Argentina, Alemanha, Polônia, Albânia e Espanha. Participou e colaborou com diversos festivais de CI, como o Festival de Contato Improvisação de Freiburg, Contact meets Contemporary, Italy Contact Fest, Festival Diamantino, Transformando pela Prática, Festín, Encuentro en la Naturaleza de Córdoba, Festival Internacional de São Paulo, Contact in Rio. Atualmente tem realizado experiências desenvolvendo um método próprio, o ContactThai uma forma de dança-massagem, além de suas pesquisas habituais em meditação, kundalini tantra e alimentação consciente. Organizadora das 10 edições do Contact in Natura - Festival de Contato Improvisação da Chapada Diamantina, e guardiã do Espaço Inspiral, na Terra Viva, onde acontecem diversas aulas e retiros com a temática do corpo, arte viva e autoconhecimento.
Veja a proposta:
… em breve informações completas
com a programação em cada umas das Etapas
Os pacotes abaixo incluem todas as atividades e uma deliciosa alimentação vegana durante as etapas.
Hospedagem e deslocamentos devem ser pagos à parte.
Você pode escolher participar em uma, duas, ou todas as Etapas.
Nesse caso, o Pacote Completo tem um valor mais conveniente.
Estes valores são ofertas com desconto para brasileiros, latino-americanos e africanos.
Para demais nacionalidades, por gentileza confira os valores na versão em inglês do site. Agradecemos a compreensão e a consciência planetária.
10 a 17 de janeiro 2025
8 dias, incluindo aulas,
jams e alimentação
(sem acomodação)
Até dia 31/10: R$ 1700
A partir de 01/11: R$ 1900
20 a 27 de janeiro 2025
7 dias, inclui guia,
alimentação e vivências
(sem acomodação)
Até dia 31/10: R$ 2100
A partir de 01/11: R$ 2300
01 a 07 de fevereiro 2025
07 dias, incluindo aulas,
jams, laboratórios e alimentação
(sem acomodação nem transporte)
Até dia 31/10: R$ 1700
A partir de 01/11: R$ 1900
10 jan a 07 fev 2025
29 dias incluindo todas as atividades,
e alimentação durante as etapas
(sem acomodação nem transporte)
Até dia 31/10: R$ 4900
A partir de 01/11: R$ 5100
R$ 50 (diária de camping)
Diarias a partir de R$ 130*
(quarto com cama de casal)
A partir de R$ 50 (diária de camping)
A partir de R$ 100 (diária em quarto compartilhado)
*Na etapa Vale do Pati, a produção do Festival recomenda a acomodação em quarto, para reduzir o peso no trekking.
R$ 50 (diária de camping)
Diarias a partir de R$ 200*
(quarto com cama de casal)
* Você pode entrar em contato com a nossa produção para verificar se tem outras pessoas procurando um colega de quarto para compartilhar os custos. +55 75 99842 1657
Se você vem para a etapa I e II (Capão e Pati), existem 2 opções:
– A opção mais econômica é pegar o ônibus desde Salvador para Palmeiras e de lá uma van para o Vale do Capão.Os ônibus de 8h e de 23h chegam em horários que se encontra facilmente transportes coletivos que levam diretamente ao Capão.
– A outra opção é seguir de avião desde Salvador, pegando outro voo até Lençóis (LEC) e do aeroporto pegar um táxi até o Vale do Capão.
Se você vem somente para etapa III (Moreré), sugerimos que você venha de ônibus de Salvador até Valença e de lá pegar uma lancha até Boipeba, depois um taxi quadriciclo ou o trator coletivo até Moreré.
As lanchas são às 7h20, 9h, 10h, 12h, 14h e 16h.
Créditos fotografias e vídeos: Geraldin Acevedo, Eli Hill, Maria de Los Angeles, Carlos Gavina, Sasha Bezrodnova, Julia Limaverde, Eugene Dymohod, Joana Shroeder, Ciro Becker, Felipe Godoi, Olya Glotka, Marina Sekacheva.
Prática lúdica e investigação exploratória de Contato Improvisação.
Minha abordagem para a prática do movimento é tanto técnica quanto experiencial – concentrando-se na construção de uma compreensão funcional dos princípios físicos subjacentes e das estruturas de Contato Improvisação, ao mesmo tempo que amplia a confiança nos próprios instintos, impulsos e intuição.
Os principais temas por trás do trabalho são movimento orgânico, fluido e funcional, sintonia e sensibilidade para ouvir através do corpo e aprofundar a consciência do corpo em movimento e em conexão com outros corpos.
O material alterna entre contato e tarefas solo, e exercícios que conectam o grupo como um todo, criando um ambiente aberto, seguro e estimulante para explorar.
Conectando-se à terra por meio da prática incorporada.
Atendendo a todas as maneiras pelas quais podemos nos envolver e nos conectar com nosso ambiente, invocando diferentes qualidades de atenção e observação quando estamos na natureza. Aquelas que podem ser encontradas ao mudar o foco da mente, frequentemente dominante, para entrar na sensação dos nossos sentidos e no conhecimento inerente do corpo. Desde exercícios simples de caminhada, trabalhos em dupla e gentis práticas com o corpo, até encontrar um lugar para sentar e brincar com ideias de suave fascinação e tempo profundo. Essas sessões buscarão maneiras pelas quais podemos “estar com” em vez de estar sobre a terra, e como esse estado pode se espalhar para as maneiras pelas quais podemos viver e dançar juntos na vida.
Oficina com foco na fisicalidade da entrega de peso, confiança, micro quedas e quedas; e o que isso implica em um nível humano. Tomando a queda como motor de movimento para partir em direção ao vôo. Ir além dos princípios básicos (peso, contrapeso, entrar e sair do chão, ouvir…) para expandir as capacidades do corpo em situações não convencionais, abrindo espaços de jogo e alerta sem resistência. A partir de explorações somáticas e padrões de movimento, compartilharemos ferramentas de artes marciais e anatomia experiencial. Criaremos espaços de atenção onde a queda se resolve com o desapego, onde o impulso se torna a entrada para uma dança. E assim através da aprendizagem coletiva chegamos a um espaço de improvisação.
Uma imersão para redescobrir as origens do nosso ser anfíbio em movimento na água e na terra, e deixar-nos mover por elas. Exploraremos o corpo e o movimento através de metodologias somáticas, Contato Improvisação e algumas técnicas aquáticas para incorporar a sabedoria das águas quentes de Moreré. Criando espaços seguros, mergulharemos na experiência aquática a partir da abordagem terapêutica e lúdica da dança, onde trabalharemos primariamente com os padrões de desenvolvimento do movimento humano. Esses padrões se desenvolvem, em nosso estado fetal, no meio líquido do útero de nossas mães, e nos remetem aos movimentos de alguns seres do mar que são fonte de inspiração para nossas criações, danças e explorações; tanto em terra como na água.
Uma imersão para redescobrir as origens do nosso ser anfíbio em movimento na água e na terra, e deixar-nos mover por elas. Exploraremos o corpo e o movimento através de metodologias somáticas, Contato Improvisação e algumas técnicas aquáticas para incorporar a sabedoria das águas quentes de Moreré. Criando espaços seguros, mergulharemos na experiência aquática a partir da abordagem terapêutica e lúdica da dança, onde trabalharemos primariamente com os padrões de desenvolvimento do movimento humano. Esses padrões se desenvolvem, em nosso estado fetal, no meio líquido do útero de nossas mães, e nos remetem aos movimentos de alguns seres do mar que são fonte de inspiração para nossas criações, danças e explorações; tanto em terra como na água.
No mundo ocidental, vivemos em tempos críticos de desconexão entre humanos e natureza. Essa fratura cria um profundo vazio interior e acredito que essa seja uma das principais razões pelas quais a saúde mental global está em rápido declínio. É urgente e vital encontrar maneiras de recondicionar nossos corpos e almas à lembrança de que somos natureza. Os rituais ecossomáticos nos ajudam a restaurar nosso pertencimento original à teia da natureza.. A partir desse estado de consciência expandida, podemos começar a integrar nossa existência ao campo maior da Terra e nos reconhecer como uma das muitas expressões criativas da natureza. Como respiramos, nos movemos, nos relacionamos como um corpo que se lembra de seu pertencimento natural?
À medida que nos aprimoramos, podemos deixar de lado nossos padrões usuais para entrar em estado de escuta profunda. A presença aparece na minha dança quando paro de pensar. Acredito que essa meditação ativa pode levar nosso movimento a lugares nunca antes visitados. Qual é a diferença entre virtuosismo e habilidade, espetáculo e experiência, truque e improvisação? Percebemos tudo o que aprendemos, para então esvaziar, permitindo que surja o que há de novo. A intenção é liberar as convenções e aproximar a dança da natureza do movimento, respirar, silenciar padrões, reconhecer vícios, desconstruir hábitos, explorar o novo com ingenuidade, sem censura, sem referência ou pré-requisito. Confiando no desconhecido e se entregando. Tudo está seguramente fora do controle.